O Rio que se queria negar é uma exposição itinerante, promovida pela Fiocruz, a respeito do acervo fotográfico do antropólogo americano Anthony Leeds que estudou e morou nas favelas do Rio de Janeiro na década de 1960. Em seu ofício, explorou as imagens fotográficas de forma generosa, criando um farto acervo de registros daquela época.

A convite da equipe de curados da exposição, fomos chamados para elaborar e desenvolver o projeto da mostra já com lugar definido para sua primeira montagem, o Museu da República, no Rio de Janeiro.

A proliferação orgânica das habitações e as relações de pouca privacidade nas localidades registradas por Leeds foram nosso mote principal para criação do projeto da exposição. A todo momento o visitante é instigado a vivenciar a organização singular das favelas e a observar bem de perto algumas práticas comuns e a falta de estrutura básica desses ambientes. Para isso, contratamos um teatro lambe-lambe, criamos uma instalação com caixas de sapato doadas pela Outer Shoes e confeccionamos monóculos com imagens dos registros do antropólogo.

Além da parte interna do Museu, intervimos também sua em sua fachada, na calçada frontal e na aleia do jardim principal do Palácio do Catete.

O lettering da exposição foi inspirado na forma de organização irregular característica das construções das favelas. Ao passo que as cores preto e branco refletem o contraste social da época. Para tal, usamos blocos de palavras para formar o título da exposição de forma modular e orgânica.

A segunda montagem da mostra foi realizada no Museu da Vida, Fiocruz, em 2017.

O que fizemos: Projeto de exposição; programação visual; gestão executiva e produção.
Para quem: Fiocruz
Quando: 2016
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Realização: Ministério da Saúde – Ministro Arthur Chioro; Fundação Oswaldo Cruz – Presidente Paulo Gadelha; Casa de Oswaldo Cruz – Diretor Paulo Elian; Ministério da Cultura – Ministro Juca Ferreira; Museu da República – Diretora Magaly Cabral
Coordenação Geral: Nisia Trindade Lima; Ana Luce Girão; Magaly Cabral; Mario Chagas - Museu da República
Coordenação Executiva: Maria Inês Rodrigues Fernandes - Fiocruz
Curadoria e pesquisa: Nísia Trindade Lima; Ana Luce Girão: Aline Lopes de Lacerda; Rachel Vianna
Consultoria: Elizabeth Leeds – Fórum de Segurança Pública; Licia Valladares – Universidade de Lille
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​​​​​​​Arquitetura e Expografia: Marcos Fonseca - Markito
Programação visual e produção: Disarme Grafico
Design: Bruno Ventura
Arte final: Daniel Ventura
Cenografia: Marcelo Pinto Vieira
Cenotecnia: E.A. Eventos
Impressão e Montagem: Fotosfera
Digitalização e tratamento de imagem: Vinicius Pequeno - Fiocruz; Roberto Jesus Oscar - Fiocruz
Teatro de Lambe-lambe: Sérgio Biff